Regras e burocracias das Igrejas para casamentos

Muitas vezes, entre querer e poder existe uma graaande distância... E na hora de escolher a igreja para a realização da cerimônia, com os detalhes tão sonhados, as noivas começam a perceber isso e, às vezes, até se decepcionam! São muitas as regras criadas pelas igrejas ou irmandades que as administram. Você já considerou isso no seu planejamento?

Musica na Igreja

Uma das coisas que você planeja é a escolha das músicas que vão embalar a cerimônia religiosa e aí já vem a primeira barreira. Lembrando que na igreja só podem tocar músicas sacras ou clássicas. Considerando que se trata de um templo religioso, isso pode fazer todo o sentido. Contudo, esta pode não ser a única exigência. Quase todas as igrejas católicas obrigam a contratação de seus próprios serviços ou de uma lista de profissionais credenciados à ela. Se sua tia, por exemplo, é uma cantora lírica famosa e quiser te dar de presente um show de emoção cantada na cerimônia, esqueça, ela poderá ser barrada!

Contratação de músicos

E não fica por aí, em alguns casos, até na forma de contratar o serviço, podem existir regras, como por exemplo, um número mínimo de músicos. Mesmo que você queira apenas um organista, terá que pagar também pelo violinista, flautista e maestro, por exemplo. Não poderá contratar só um deles. A opção seria não contratar nenhum profissional e, simplesmente não ter música na sua cerimônia.

Isso parece absurdo não é? E do ponto de vista da lei é um equívoco mesmo! Não há dúvidas de que a execução das músicas na cerimônia religiosa é um serviço prestado pela igreja (já que há a obrigação de contratar os profissionais indicados), e a lei diz que, na prestação de um serviço, o consumidor não pode ser obrigado a contratar um serviço que não deseje para poder ter a contratação de outro de que precise. Isso é chamado de “venda casada”. Por exemplo, você deseja contratar apenas um músico, não pode ser obrigado a contratar três!

Mas a polêmica é grande, afinal, ou você aceita as regras ou terá que escolher outra igreja para a sua cerimônia. E mesmo que escolha outra, poderá estar sujeita às outras regras da outra igreja. O ideal é avaliar que regras você aceita até escolher o lugar mais adequado ao que você sonhou para a sua celebração!

Nada impede que você procure o Procon, isso mesmo, o órgão de proteção ao consumidor para fazer uma reclamação, mas que noiva vai querer ter esse estresse na organização do seu casamento? E depois de passada a cerimônia, porque se aborrecer pelo que já passou?

Isso faz com que o círculo vicioso das vendas casadas e imposição de regras, que contrariam a liberdade de escolha das noivas consumidoras, se mantenham e sejam cada vez mais ao gosto dos prestadores de serviços!

Contrato de aluguel da Igreja

A dica é exigir todas as informações antes de assinar contrato do aluguel da capela (sim, porque não duvide, haverá um contrato que você deverá assinar aceitando todas as regras). Exija o direito de contatar os prestadores de serviços e perguntar previamente sobre os preços que cobram, afinal saber o valor da decoração após ter contratado o aluguel da capela pode ser um problema se o serviço ficar muito caro!

Mesmo que a igreja não te forneça os telefones, a saída é visitar outros casamentos, chegar mais cedo, procurar os profissionais e perguntar por sua conta mesmo!

Casar dá trabalho, tudo bem. Mas o que não pode dar é prejuízo! Não vale a pena começar a vida com dívidas contratando serviços que você não pode pagar porque não foi informada previamente dos custos e nem pagar a multa de desistência da capela e perder a data escolhida porque o custo da iluminação era mais alto do que você podia imaginar!

Visite muitas igrejas antes de se decidir por uma delas, peça todos os orçamentos, pergunte todos os detalhes, como por exemplo, quais serviços são obrigatórios, contatos dos prestadores, os horários, multas por atrasos, limite de pessoas, regras de decoração das igrejas (muitas não permitem arranjos presos no tetos, paredes ou escadas), iluminação, estacionamento, execução das músicas, celebrante (pode ser gratuito ou não e poderá ser o Padre da própria igreja, sem flexibilidade de levar o Padre que fez seu batismo e primeira comunhão), ou seja, pergunte tudo antes de escolher!

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